Nos Estados Unidos, um grupo de legisladores voltou a pressionar a FDA para aprovar o MDMA, mais vulgarmente conhecido como ecstasy, para tratar a perturbação de stress pós-traumático, segundo a Becker’s Behavioral Health.
Os 61 representantes enviaram uma carta ao presidente Joe Biden, no dia 2 de agosto, pedindo ações sobre “a séria necessidade de novas e melhores opções de tratamento” para o TSPT.
Em junho, um painel consultivo da FDA votou 9-2 para recomendar que o MDMA, ou midomafetamina, em combinação com a psicoterapia não é eficaz no tratamento da PTSD, e 10-1 que os riscos da terapia superam os benefícios. O painel consultivo manifestou preocupação sobre a validade dos ensaios clínicos do medicamento.
Jack Bergman, o legislador que lidera o esforço para convencer a FDA a aprovar o medicamento, disse aos legisladores políticos que se apoiam “gentilmente, mas positivamente” na FDA.
“A estratégia aqui é exercer pressão de forma positiva para que a burocracia sinta que não há problema em correr algum risco”, disse Bergman.
Na carta, os legisladores escreveram que embora as críticas ao tratamento “possam ser bem-intencionadas, as suas críticas não refletem necessariamente a ciência, mas sim as suas crenças ideológicas pessoais e preconceitos relacionados com a medicalização de substâncias como o MDMA”.
A Lykos Therapeutics, empresa que desenvolveu o tratamento, divulgou um comunicado dizendo que implementaria uma supervisão adicional se fosse aprovado pela FDA, além de criar um conselho consultivo independente para informar o potencial de lançamento comercial do medicamento.
FDA deve comunicar a decisão final sobre o medicamento até 11 de agosto. Em caso de aprovação, seria o primeiro novo tratamento para a TSPT em 25 anos.