O governo holandês decidiu apertar as medidas contra o novo coronavírus. O país é um dos mais relaxados no que diz respeito à pandemia, mas o aumento de casos levou a ordenar o encerramento de bares mais cedo e o uso de máscaras em lojas.
O primeiro-ministro holandês Mark Rutte deu uma conferência de imprensa para informar que a situação mas três maiores cidades do país, Amsterdão, Roterdão e Haia, se tornou “séria ” e exigia medidas urgentes..
“Estamos a dar o nosso melhor, mas o vírus está a levar a melhor”, disse o ministro Hugo de Jonge, que acrescentou que o país está a registar mais 3 mil casos por dia e que as previsões apontam para que, dentro de semanas, atinjam os 5 mil casos.
A Holanda tem conseguido evitar medidas mais duras, ao contrário da maioria dos países europeus, seguindo a linha do que chamou de “lockdown inteligente” e recusando o uso obrigatório de máscaras.
Apesar disso, passou a ser obrigatório o uso de máscaras em estabelecimentos comerciais nas três maiores cidades holandesas. Os comerciantes podem recusar a entrada de quem não estiver com máscara, disse Rutte.
O primeiro-ministro fez questão de apontar os exemplos de França e Espanha, onde as máscaras, só por si, não surtiram efeito.
Na Holanda, já era obrigatório usar máscara nos transportes públicos, agora também é recomendado o seu uso nas lojas e o os restaurantes e bates têm novo horário de encerramento, antecipado para as 10 da noite. Além disso, só é permitida a entrada de um máximo de 4 pessoas maiores de 13 anos, informou Rutte.
O país também reatou a prática desportiva à porta fechada, o que inclui a Eredivisie, campeonato principal de futebol. Inicialmente estava autorizada a entrada de um número limite de público, no entanto, Mark Rutte deixou um aviso para os adeptos. Apesar de haver uma proibição de cânticos, muitos insistem em desafiar essa regra.
Hugo de Jonge também anunciou que trabalhar a parti de casa voltará a ser o padrão na Holanda.