O governo neozelandês divulgou recentemente seu plano de investimento para infraestrutura física na área da saúde.
A Te Whatu Ora – Health New Zealand, entidade responsável pelo sistema público de saúde da Nova Zelândia, divulgou o seu primeiro Plano de Infraestrutura de Saúde. Segundo a Te Whatu Ora, trata-se de “uma abordagem nacional de longo prazo para renovar e expandir as instalações de saúde pública do país”, que prevê um plano de investimento de 10 anos.
“O Plano de Investimento Digital está em desenvolvimento. O plano está sendo aprimorado com o feedback das partes interessadas e com foco em caminhos de financiamento e investimento”, disse Darren Douglass, Diretor de Tecnologia da Informação em exercício da Te Whatu Ora, ao portal Healthcare IT News.
O plano tem como base “os princípios e prioridades que norteiam o investimento em infraestrutura física e digital, bem como em tecnologia da saúde”, explicou Douglass. O objetivo, de acordo com Douglass, é alinhar a infraestrutura digital e física com a prestação de serviços de saúde, considerando que os serviços digitais têm um enquadramento mais amplo, abrangendo áreas como serviços de saúde voltados para o consumidor e para a população, além de usuários corporativos.
O Plano de Infraestrutura de Saúde foi divulgado na semana passada e a Associação de Saúde Digital (DHA – Digital Health Association) reagiu, reiterando o apelo por um “investimento mais direcionado em [saúde] digital”.
“Isso inclui uma estratégia clara e financiada para substituir sistemas legados – sistemas antigos que permanecem em operação – , reduzir a duplicação e investir em inovação, o que permitiria que o sistema de saúde opere de forma eficiente e coesa”, disse a CEO da DHA, Ryl Jensen.
O plano de investimento da Te Whatu Ora pretende apoiar a implementação gradual de mudanças sistêmicas que permitirão maior eficiência dos serviços e modelos digitais de atendimento ao longo da próxima década.
“Uma população crescente, envelhecida e mais diversificada está gerando uma demanda crescente por serviços de saúde e sua infraestrutura de apoio”, observou.
“Construir infraestrutura onde as nossas comunidades estão em crescimento e envelhecendo é uma parte do puzzle, mas é preciso procurar novos modelos de atendimento – incluindo atendimento virtual e mais digital – e mudanças nos locais onde prestamos atendimento para termos capacidade adequada para a Nova Zelândia”, enfatizou a organização.
O próximo Plano de Investimento Digital pode finalmente desbloquear o plano do governo para o projeto Hira – plataforma de dados de saúde – , que foi pausado após a primeira fase de implementação.
O governo da Nova Zelândia defendeu publicamente a sua estratégia de políticas de saúde para 2024-2027, onde identificou a infraestrutura – tanto digital quanto física – como uma de suas cinco áreas prioritárias.
A Nova Zelândia reconheceu que as redes e a segurança da infraestrutura de TI existentes estão “desatualizadas e incapazes de gerenciar o aumento dos problemas de segurança cibernética ou de dar suporte à crescente prestação de serviços de saúde em domicílio e em instalações comunitárias”. No ano passado, foi divulgado que o sistema de saúde do país tinha muitos de seus mais de 4.000 APPs clínicos e de negócios em fim de vida útil ou próximos a ele, exigindo a migração para plataformas menores e mais robustas e a facilitação de novas implementações.
O governo neozelandes prevê que, nos próximos três anos, as entidades de saúde “estabeleçam um processo de tomada de decisão baseado em evidências para desenvolver e adotar soluções digitais e inovadoras, incluindo saúde de precisão, nanotecnologia e inteligência artificial”, bem como tecnologias que permitam a prestação de cuidados em casa.